quinta-feira, 1 de maio de 2008

O cartoonista Zé Carlos colocou à venda a sua famosa colecção de postais
GENTE DA NOSSA TERRA
(da 2ª e 3ª série. 1ª série esgotada)
Preços:
Uma colecção (12 postais) : 12.00 €
As duas colecções (24 postais) : 20.00 €

Contacto : 914 106 525

Veja aqui os postais com quadras de Gama Reis:



A varina

Varina – goela aberta

Vai bom peixe apregoando,

E o seu manel – olho alerta!

Gosta bem… de a ver gingando!













Homens do mar

Lobo do mar – com valor,

Sua vida sempre arrisca!

E fuma, no seu labor,

Um bom cachimbo ou pirisca!












A mulher dos bolos

Lá vai ela com os bolinhos,

Cesta à cabeça, estafada!

Oferecê-los bem quentinhos,

Lá na praia…à garotada!













O banheiro

Com ar despreocupado,

Aluga toldos, barracas,

Cadeiras ao mais cansado,

E às velhotas… almofadas!














O rapaz dos gelados

Quando apertam os calores,

Num vai e vem sem parar,

Vende, de muitos sabores,

Gelados p’ra refrescar!












O engraxador

Pinoca? Lá isso é…

Anda todo aperaltado.

Mas ao engraxador o pé,

Só metade… está calçado!












A mulher das pevides

Sentadinha, recostada

Tabuleiro à sua frente

A pevide…empacotada!

A pobres e ricos… vende!














O homem das castanhas

Quentes e boas, quentinhas!

Seu cheiro perfuma o ar.

No assador, às voltinhas,

Ouve-se o sal a estalar!













A vendedeira de pixas

Confusões, não acontecem,

Quando as pixas apregoa.

Com camarão se parecem

Come-as muita gente boa!












O gravateiro

Uns, usam-nas com vaidade,

Nós bem feitos, delicados.

Outros nem têm saudade…

São os tais desgravatados!













O “pitrolino”

Bons tempos do pitrolino,

Da bem cheia almotolia!

Agora?... fia mais fino,

Qualquer fio… nos alumia!














O fotógrafo “a la minute”

Namorados – que alegria!

No jardim, trocam beijinhos.

Pousam p’rá fotografia…

E olham p’ró passarinho!

Os postais emoldurados




A mulher da lavagem

Sempre aos cheiros resistia,

A custo, mas com coragem!

Pior vida… não havia,

Que o “recolher” da lavagem!














O cauteleiro

Treze, no boné de sola…

Tentação, sorte e azar!

Se “andar” hoje… não se rala!

Pois só sai… a quem jogar!











O amola-tesouras

Mil tesouras e navalhas,

Que amolas, sem descansar!

Se a gaita tocas, não falhas…

É o Inverno a chegar!












O carteiro

Pomba branca… será paz,

N’um barco bem prazenteiro?

Ou será que a carta traz…

As tristezas… d’um carteiro?











O catitinha

Com seu apito afinado

A criançada chamava.

Era um “castiço” engraçado…

Pois… só mãozadas lhes dava!














O “caga lume”

Nesses tempos a luz triste

Nem dava p’rós gatos ver!

E o “faz” lume, não desiste…

E vai… de tudo acender!











O carvoeiro

Carvão, bolas e carqueja,

Carro tosco e uma balança!

A ninguém causava inveja…

Pó preto… cheio d’esperança!












O amola-tesouras

Mil tesouras e navalhas,

Que amolas, sem descansar!

Se a gaita tocas, não falhas…

É o Inverno a chegar!












O polícia sinaleiro

O condutor distraído

Obedecia e andava!

Mas o Baptista atrevido…

À “fava” todos mandava!












Os saltimbancos

Saltimbancos… infelizes

Nas cambalhotas da vida…

A “cabra” alegre os petizes

Mas a esperança está perdida!












O padeiro

Pedalava bem ligeiro,

Levando o pão à freguesa,

E… quem não via o “padeiro”

Tinha fome concerteza!













O porteiro do casino

Almirante se julgava,

Tanto galão e estrelinhas!

Mas afinal… só guardava

O bom “Páteo das Galinhas”!




sexta-feira, 28 de março de 2008

ZÉ CARLOS CARTOONISTA

José Carlos Costa Ferreira é figueirense de gema e nasceu no dia 3 de Outubro de 1946. Tendo concluído o curso de carpinteiro-marceneiro na então Escola Industrial e Comercial (hoje Escola Bernardino Machado) tirou, anos mais tarde, o bacharelato na área da construção civil como Agente Técnico de Arquitectura e Engenharia.
Desde cedo que o seu jeito para o desenho se evidenciou. O seu traço inconfundível já lhe valeu o direito de ser um nome incontornável no exigente Mundo das Artes.
Dedicou-se às colectividades onde já levou a efeito várias mostras de trabalhos seus e de outros artistas, por entender que a cultura não deve ser exclusivamente citadina.
Com vastas e reconhecidas participações em diversas exposições, é na caricatura e sobretudo no cartoon que Zé Carlos (o seu nome de "guerra") desenvolve sua arte. Ultimamente é também na criatividade de troféus que é bastante apreciado e solicitado.

A Canção da Figueira

Postais ilustrados

Parque infantil

Na crista da onda

Skate

As futebolistas

Desportos radicais

O marinheiro

A professora e os alunos

O militar

Mulher Polícia

Cartoon's variados

A orquestra

O Fadista

O empregado de mesa

A Cabeleireira

O Tribunal

A Advogada

O Juiz

Tudo isto pode encontrar no atellier do Zé Carlos
na Rua do Estendal nº 34
Figueira da Foz
Portugal